29 de abr. de 2008

Sentença celestial (um erro do “Supremo” ou um pecado terreno?)


Calafrios arranham minha costa, como se a foice da morte passa-se lentamente por entre minhas vértebras.
A ancia de vômito me domina como o amanha não fosse brilhar o sol
As nuvens fecham... O bombardeiro perde o sinal no radar, o seu alvo sobrevive por mais alguns minutos na total escuridão.
Vejo-o saindo dentre as nuvens formando um “v” de vida após morte... Só o que nos restará num fatídico futuro
Mulheres pegam seus filhos... Os pais correm de suas fábricas, com a sede do ultimo abraço nos filhos, e o ultimo beijo em sua amada.
O barulho ensurdercedor dos gritos de desespero... A bomba foi atirada? Ou a muito ali ela já estava?
Alguns se questionam se aquilo é realmente uma bomba... Poucos ficam para ter certeza
Pessoas pisoteadas... Crânios esmagados, pulmões perfurados... O artefato mata antes mesmo de atinge seu objetivo.
Alguns desistem no meio da fuga, ajoelham-se e começam a suplicar salvação.
As suas últimas preces são milagrosamente rejeitadas... Seus corpos desintegram... Restou o pó e o sofrimento dos sobreviventes
Corpos decapitados... Gritos dolorosos... Choros saudosistas... O apocalipse emerge por alguns estantes
A chuva acida come a pele dos mortos e semi-vivos... Ao mesmo tempo limpa as impurezas terrenas daquele pequeno vilageiro...
Quem jogou a bomba?


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