12 de set. de 2008

Assassinado por minha alma.

Um, dois, três e quatro,
Conferi até cinco pra encher sua cara de tiros
Você me olhava como se não me conhece por muito tempo
Mas esse sou eu verdadeiramente sincero
Seu sangue não me importa... Você é ninguém dentro de mim
Eu chorava ao seu lado, mas parecia que sorria como uma criança
Você merece mais que tiros, acho que essa forma não seria a mais agradável
Puxo seus cabelos por entre árvores e você grita para eu parar
Mais o rei agora sou eu e escuto somente o canto dos pássaros
Olho para o céu, os raios passam por entre brechas das folhas
Ilumina minha lágrima, minha última lágrima que sacia minha sede
Escorre até meus lábios e sacia toda a minha sede
O que antes era somente verde agora fica vermelho com seu sangue
Corto seus dedos... Corto de falange em falange...
Seus gritos implorando socorro me animam cada vez mais
Prossigo com o meu ritual santificador
Faço questão que sofra com os seus dedos caídos como dados enfileirados
A dor é coisa de sua cabeça, lhe repito varias vezes
Mesmo que nada...
Choro junto a sua dor, mas de alegria... Cheguei mais longe que imaginava
Dane-se tudo e todos, dane-se a vida terrena, tudo e ilusão!
O herói só existe em quadrinhos, verdadeiros heróis existem, mas ninguém os vê
Os verdadeiros heróis morrem de fome
Os verdadeiros vilões nadam em dinheiro
Volto meus olhos para seus braços, corto lentamente seu antebraço
Corto seus braços e pernas, todos lentamente
Você tem convulsões simultâneas que mi deixam mais afoito
Parece que você não quer morrer pra matar meu último desejo
O único desejo que você conseguiu concretizar

Acordo... Estou em meu quarto
O que aconteceu era verdade?
Olho-me a dormir, mas isso é possível?
Vejo que estou sujo de sangue
Percebo varias escoriações sobre meu corpo
Percebo que tudo foi um sonho em que eu era minha vitima
Olho para mim e vejo meu último e verdadeiro golpe
Minha cabeça cai sobre a cama...

3 comentários:

M. A. Cartágenes disse...

Só tenho uma coisa a te dizer... Os teus valores de nada adiantam, infelizmente lutamos contra nós mesmos constantemente... Se essa foi ou não a tua intensão no texto, eu pude sentir isso, eu senti isso, meio q me senti nele também.

Certa vez acordei com uma sensação de q tinha voado, corpor leve, cansado, suado, mas eu percebi q nuam, não tinha voado, quem havia voado era minha alama pq ela ansiava por isso!

Se tu anseia por alguma quebra de contrato, de valores, ótimo, este é o momento... Um pouco de indiferença não mata ninguém ,mas não afunde tanto, pode chegar a um ponto q não tem mais volta e você fica lá sozinho!

Mas cara, eu gostei demais do teu texto e repito, me vi nele, me acalmou e ao mesmo tempo animou!

Paz cara!

M. A. Cartágenes disse...

alma*

Anônimo disse...
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