No fim do porão de sua casa a goteira sai do chão e molha meus pés que estão no teto de seu coração, os lábios do morcego que me cega, conta as gotas de sangue que saem de dentro de seu pulmão, que tenta respirar a poeira que me cobriu por inteiro.
Abro a porta do porão... Saiu de dentro do baú direto para seu banheiro onde olho seu braço com os pulsos cortados para fora da banheira, quanto tento socorrê-la vejo só o esqueleto dos seus pais. Caiu, bato a cabeça e acordo ao seu lado, numa manhã ensolarada...
Penso sobre a noite que passo, o sonho parece que aconteceu, anciã de vomito! Corro para o banheiro, olho os esqueletos para fora da banheira, a casa não era a sua, era a nossa, e meu sonho tornou-se realidade. Volto ao quarto, busco você que já saiu da cama, desço os degraus, e a vejo de costa na porta da cozinha... Quando me aproximo, uma imagem desfigurada toma seu rosto, não sei mais quem e ou o que é. Desmaio...
Acordo novamente ao eu lado, mas não sinto vontade de ir ao banheiro, o dia não era mais tão ensolarado, ou será que já anoiteceu, desço para beber um copo com água... Escuto passos na cozinha, lembro-me do meu suposto sonho com você na cozinha. Adentro a cozinha com os olhos fechados e chamo o seu nome, nada responde... Os abro e olho um gato dos olhos cor de sangue passar entre minhas pernas, subo para o quarto e volto a dormir... Com medo de sonhar de novo.
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