2 de ago. de 2009

"Senhor Escritor"

Em mais um dia chuvoso você bota seu chapéu e sai pra escrever
A chuva lhe inspira mais que um dia ensolarado
A decepção estampada no rosto do mendigo lhe instiga
Você continua sua peregrinação pelas ruas que nunca andou
Olha o desprezo das pessoas e chora com seus rabiscos numa folha amassada
Senhor Escritor... Fale mais sobre seus sentimentos
Fale mais sobre o que senti o que está acontecendo?
Fale mais sobre você...
Você acordar ao meio dia de um dia no meio da semana
Não se lembra que marcou com a mulher dos seus sonhos
Corre para ainda encontrar seu cheiro no lenço da mesa do restaurante
A chuva cai sobre seu espírito por mais um sonho jogado fora
Você volta pra casa com sua nuvem de chuva particular
Tira seus sapatos e os joga no meio da sala
Entra no seu santuário e deita na cama... Senti-se tão solitário
Senhor Escritor! Fale mais sobre você!
Senhor escritor esqueça o sentimento dos outros!
Senhor Escritor... Quem é você?
Esbarra num novo dia com outra linda mulher...
Pede desculpa e dar adeus a outro sonho inalcançável
Senta-se na mesa do bar que restou e descartou todos os seus desejos
Onde toma o último copo de cerveja e volta pra casa...
Senhor Escritor... Fale sobre você?
Agora não sabe quem é... Agora se perdeu em seus poemas...
Sua identidade ficou em um desses diversos falsos sentimentais.
O revolver embaixo do travesseiro é o seu único amigo...

Um comentário:

M. A. Cartágenes disse...

Senti como se fosse um auto-retrato... Teu no caso!
Ta lendo muito hein? ^^... Assim que é bom!

Paz.